LITERATURA POPULAR/LENDAS

A obra retrata a descoberta de que uma onça está rondando os arredores do Sítio do Picapau Amarelo. Sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, Pedrinho e Narizinho organizam uma expedição para capturá-la. Após a aventura com a onça, eles encontram Quindim, um rinoceronte falante, e decidem trazê-lo para o sítio. A narrativa também inclui a personagem Cléo, inspirada na filha de um amigo de Lobato Wikipedia. Além disso, em edições mais recentes, a apresentação de Ziraldo destaca o humor, a crítica à burocracia (como com o rinoceronte fugitivo), e a forma como as criaturas se unem em assembleia para decidir seus rumos.

Este livro reúne contos do folclore brasileiro narrados por Tia Nastácia ao redor do Sítio do Picapau Amarelo. Após contar a história "O Jabuti e os Sapinhos", Dona Benta complementa com lendas da Pérsia, Rússia e outras culturas, mostrando como temas populares são universais.

A história acompanha Emília, Pedrinho, Narizinho, Visconde de Sabugosa e o rinoceronte Quindim em uma viagem mágica ao País da Gramática, onde aprendem sobre a língua portuguesa de maneira lúdica e criativa. Eles exploram conceitos como verbos, substantivos, adjetivos, pronomes e muito mais — transformando regras gramaticais em uma verdadeira aventura educativa.

A história começa em Hamburgo, onde o impetuoso geólogo e mineralogista Professor Otto Lidenbrock encontra um manuscrito antigo com inscrições rúnicas. Ao decifrá-lo com a ajuda de seu sobrinho Axel, descobrem uma mensagem do alquimista Arne Saknussemm afirmando que é possível chegar ao centro da Terra por meio de uma cratera vulcânica na Islândia. Intrigados e cheios de coragem, ambos partem em uma expedição, acompanhados pelo guia local Hans. No caminho, enfrentam rios de lava, mares subterrâneos, criaturas pré-históricas e paisagens surreais que desafiam a lógica — tudo narrado em primeira pessoa por Axel.

Em No longe dos gerais, Nelson Cruz reconstrói a fascinante jornada de João Guimarães Rosa por Minas Gerais — quando, em 1952, o escritor percorreu aproximadamente 240 km conduzindo uma boiada. O autor e ilustrador reconstitui esse trajeto por meio da perspectiva de um menino de cerca de nove anos, que acompanha a comitiva e observa com encanto a figura discreta de Rosa, conhecido pelos vaqueiros como "João Rosa". Esse narrador infantil imprime à narrativa um tom de descoberta, e as ilustrações intercalam traços que evocam os esboços das cadernetas de Rosa com cores vivas das veredas mineiras, dando vida à paisagem e à memória histórica.

Dois irmãos que vivem em Madri ganham um barco de presente e, usando a imaginação, descobrem que podem "navegar" pela casa enchendo os cômodos com luz, como se fosse água. Em suas aventuras, transformam o cotidiano em fantasia — até que, durante uma festa, a luz transborda e toma conta de tudo, levando a história a um final mágico e trágico.

O livro apresenta a história de Dom Quixote, um senhor rural que, encantado pelos romances de cavalaria, enlouquece por tanto lê-los. Convencido de que pode reviver os tempos dos cavaleiros andantes, sai em busca de aventuras acreditando que moinhos são gigantes, seu cavalo Rocinante é um nobre corcel, e que donzelas comuns são princesas encantadas. Acompanhado pelo fiel escudeiro Sancho Pança, ele vivencia episódios divertidos, simbólicos e cheios de fantasia, ideais para cativar jovens leitores.

A narrativa acompanha o encontro inesperado entre um barqueiro branco e um canoeiro indígena nas águas do rio Amazonas. A pequena canoa do indígena está prestes a afundar, e é então que o barqueiro entra em cena para salvá-lo. Durante a travessia, os dois trocam histórias e aventuras. No entanto, tão imersos em seus relatos, não percebem que a embarcação maior — o barco do barqueiro — acaba se danificando e está prestes a naufragar.

Segundo o catálogo da Rede Sesc de Bibliotecas, o livro apresenta uma narrativa rica em nuances e sensações — fala de sonhos, realidades desafiadoras, mas sobretudo encanta e faz o leitor imaginar as inúmeras possíveis versões da vida de uma pessoa. A história inclui cenas tristes, alegres, trágicas e emocionantes, e sugere que o final talvez ainda não seja o final. O texto traz entrelinhas que dialogam com outras artes, como fotografia, cinema e teatro.

O livro reúne sete contos africanos recontados por Júlio Emílio Braz. São histórias marcadas por elementos de poesia, coragem, amor, superação e até terror. Como a água fez a lua e o sol morarem no céu. A lebre atrapalhada que alterou o destino dos homens. O que aconteceu com a neta desobediente do chefe da tribo Ntonjane. A história que dá título ao livro: o filho rejeitado que, após muitas conquistas, torna-se herói de sua tribo. Duas crianças que vivem com o avô e querem conhecer os pais, mesmo sabendo que a mãe é canibal. Uma mulher que não é amada por não ter filhos, até que, de forma mágica, se torna mãe e transforma sua história. Uma mãe que enfrenta um terrível monstro para salvar seus filhos, salvando muitas outras pessoas e unindo-as para criar uma das maiores nações do mundo.

O livro narra, de forma ficcional, a Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904. Durante quatro dias, o povo se rebelou contra a vacinação obrigatória imposta pelo governo. Através de personagens populares, reais e fictícios, o autor mostra a luta da população contra a opressão, destacando a força dos excluídos na história do Brasil.

Alecrim conta a história de uma jovem fada, nascida de um repolho, que aos 15 anos recebe sua primeira missão: visitar o mundo real para revisar os feitiços que lançou quando era mais nova. Sozinha, ela precisa aprender sobre as responsabilidades de uma fada e, ao mesmo tempo, lidar com os desafios humanos. Para isso, conta com a inspiração da fada Sylvia Orthof, que a ensina que a magia mais poderosa é aquela feita com humor, afeto e empatia.